Vampiro: A Máscara – Como foi jogar pela primeira vez

por JogueRPG
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/40/Vampire_The_Masquerade_logo_V5.png

Olá RPGista! Como está? Espero que esteja tendo uma excelente jogatina de RPG com outros jogadores! Se bem que nessa época de quarentena está meio difícil, ainda bem que tem a internet para nos aproximar! Se bem que talvez você seja um viajante do tempo – ou só lendo essa matéria depois que tudo isso passou -. Hoje irei falar sobre minha primeira experiência com Vampiro: A Máscara!

Qual era minha experiência com Vampiro antes?

Eu sempre soube que existia um sistema de RPG focado em Vampiro, com o nome de Vampiro: A Máscara – redundante, eu sei -. Sempre apreciei muito nossos amigos de presas e fui fascinado pelo mito. Pode ter uma ideia mais geral sobre eles em nossa matéria em falamos sobre de maneira generalizada. A imortalidade, a capacidade de superar outros humanos em praticamente todos os quesitos, suas desvantagens causadas pela maldição… Tudo isso sempre me intrigou que, de certo modo, me fez sempre optar por ser da raça deles em jogos eletrônicos – e as vezes o RPG de mesa -.

Então, eu soube de um jogo bem legal que era baseado no sistema, chamado Vampire: The Masquerade Bloodlines.

 

Como era o jogo?

 

Um dos melhores jogos de vampiro!
Um dos melhores jogos de vampiros!

Quando joguei, smartphones já circulavam por ai, mas nunca me importei com a questão de gráfico. Eu gostei bastante do modo em que o sistema funcionava. A falta de níveis me fez ficar confuso em primeiro momento, então eu vi que eu poderia gastar XP em troca de aumento nas minhas habilidades. Esquisito em primeira vista, mas adorei a inovação!

Fui conhecendo melhor o jogo eletrônico, AMEI o teste de personalidade para ver qual Clã iria combinar com você – que no meu caso foi Brujah, não me julgue! -, admito que o começo me deixou desconfortável por conta da cutscene inicial mas depois só foi diversão. Saber que não tinha que violar a Máscara, como me alimentava das pessoas, como era jogar em um mundo aberto que mesmo com limitações de hardware na época, eram bem satisfatórias, enfim… Talvez eu até faça uma matéria futura focando mais sobre o jogo, mas como não é sobre isso, vou adiantar.

Primeiras Impressões sobre o sistema Vampiro

Eu gostei muito do jogo, MESMO. Eu queria aprender a jogar o RPG de Mesa, e até mesmo mestrar se possível. Procurei algumas mesas, mas na época estava meio desanimado e acabei nunca tendo tempo e nem oportunidade, até que houve um evento de RPG em que eu poderia escolher uma mesa, e adivinha o que vi lá? Sistema: Vampire V5. Confirmei que se tratava do mesmo tipo de sistema que o jogo eletrônico e me inscrevi. Se eu me arrependi? É o que vamos ver.

Mulher, Escuro, Sangue, Mito, Noite, Luzes, Molhado

Primeira coisa que fiz foi minha ficha – duh – , e achei o Layout bem parecido. Foi explicado que era a versão V5, mas notei que a ficha era praticamente a mesma do jogo. Aprendi como usava as famosas Disciplinas, como as “bolinhas”, como o próprio Game Master da mesa dizia, eram importantes, e sobre – principalmente – não levar tudo para o lado da treta. Irei resumir para não prolongar muito.

Como era o cenário?

O cenário se passava em 2030, e o GM decidiu não focar muito na questão da tecnologia. Se passava em São Paulo, e a história do meu personagem era essa:

Background de Karl

Ele era um médico do SUS com proficiência em cirurgia, que acabou na guerra do Congo ao participar do Médicos Sem Fronteiras de forma forçada, para se defender e sobreviver. Antes ele tinha uma vida mais comum e era muito revoltado com o sistema médico atual, em que ele viu diversas injustiças acontecerem, como burocracia impedindo vidas se serem salvas e corrupção. Na guerra ele vou convocado porque estavam faltando médicos, e ele se tornou um médico de combate, recebendo treinamento militar.

Ele aprendeu a lutar MUSADO, arte marcial alemã militar, a lidar com armas de fogo, principalmente pistola e escopeta, e teve que operar muitas pessoas. Teve que realizar amputações, decidir quem vivia e morria e teve de matar também, para proteger a si e seus pacientes, criando nele um transtorno pós traumático em que ele se tornou mais frio como um método de segurança do cérebro para não entrar em desespero.

Ele era interessante para os Brujah porque ele começou a liderar protestos e lutar contra o sistema que ele chama de máfia médica. Tanto que muitos médicos odeiam ele, e ele já quase perdeu a licença médica devido a vários atritos com a comunidade de medicina e com o conselho médico.

A namorada dele que ele vai visitar no hospital, perdeu o movimento das pernas devido a uma doença incurável.
O oficial Roland que ajudou ele é uma das poucas pessoas que ele confia, considerando-o como uma espécie de pai que nunca teve, e é de onde ele também obteve treinamento.


O cachorro dele é um Pastor Alemão que o acompanhou durante a guerra e ele conseguiu permissão de ele viver com ele, do qual ele gosta muito, chamado Rex.


Ele é um cirurgião com contatos, experiência militar e com transtorno pós traumático que o deixou mais frio em relação a vida humana

Background de Karl Von Falkenberg

Como foi o começo?

De forma resumida, o Game Master fez uma sessão solo com cada um dos jogadores para ajudar no background até o momento em que foi abraçado. No meu caso foi por causa da forma como meu personagem enfrentava os Status QUO, que foi bem interessante para o Brujah que o abraçou, que se chamava João e era Português – O GM até mesmo interpretou o sotaque, haha -.

Os protagonistas, eu e mais três jogadores, nos conhecemos quando foi apresentado o novo Príncipe – Em outros termos, o Ancião local -, pois houve uma reunião com todos os cainitas. Por algum motivo, todos os Brujah foram expulsos menos eu, plot armor me ajudou muito!!! Brincadeira, haha.

Foi nos dado a missão para investigar e possivelmente neutralizar, sangue-rasos, que são vampiros com o sangue tão ralo que muitos sequer tem fraqueza o sol, que ameaçavam quebrar a Máscara. Para quem não sabe, esse ato significa revelar para os mortais a existência das crianças da noite, fazendo com que seja alvo da Inquisição e Caçadores, o que é péssimo.

Meu Brujah, ao contrário do estereótipo, tinha 4 de inteligência – que é bastante, de acordo com o GM – e também sabia brigar, então ele não era um retardado ou algo do tipo. Porém, o negócio dele era não demonstrar isso, porque ele não queria mostrar o que sabe para os outros. Ao ser apresentado para as pessoas que iria trabalhar junto – outros jogadores -, ele ficou bem “bolado”, digamos assim. Não que ele não gostasse de trabalhar em grupo, mas ele não queria ter mais laços por saber a fragilidade de um. Claro que ele nunca disse isso, e não creio que terá a oportunidade de dizer.

Luar, Fotografia Noturna, Noite, Abendstimmung, Lua

Durante a Aventura…

Os personagens dos jogadores não se davam muito bem no começo, sendo mais cada um para seu canto. Meu Brujah não ficou nada satisfeito de ter que trabalhar com outras pessoas. Era um Nosferatus, Banu Haqim e Ventrue – que por sinal, não se dava nem um pouco bem com meu Brujah -. A aventura era para localizar os sangue-rasos e eliminá-los com o máximo de discrição possível.

Começou em uma área de periferia, e durante o percurso, meu personagem teve mais que ficar de guarda e ficou fazendo comentários sarcásticos, tipo quando a Ventrue deu R$ 200,00 a garota pobre e meu personagem comentou: “Irá gastar tudo com droga”.

Basicamente meu personagem só ficou sendo alguém que ficava fazendo piadinhas, tipo quando uma pessoa perguntou ao Nosferatu o que havia em seu rosto, e meu personagem disse: “Ele teve lepra” que fez com que a mesa toda começasse a dar crise de riso.

Não tive/recebi oportunidades de usar minhas habilidades na primeira aventura, que eram basicamente Briga, Armas de Fogo, Medicina, Lábia e Acadêmica. A única que usei foi uma intimidação em que tinha 5 dados no pool mas por algum motivo, o NPC contra quem joguei contra, também tinha 5 dados, que é um valor bem, bem alto, e era somente uma atendente, mas bom, sabe como é, alguns Mestres quando querem obrigar algo na história eles fazem de qualquer jeito.

Em resumo

Infelizmente não foi uma das melhores experiências que tive em uma mesa de RPG, mas aprendi a jogar o sistema e achei bem bacana, e planejo narrar aventuras usando ele no futuro. Foi muito legal jogar o jogo eletrônico que fez parte da minha infância na própria origem dele. A atenção que o Game Master deu no começo, no spin-off, para narrar o background do meu personagem junto comigo também foi show.

Mesmo não tendo conseguido usar nada da minha ficha basicamente e nem conseguir fazer grandes feitos na primeira vez em que joguei, me entreti muito e só tenho a elogir o sistema!

E você, como foi sua primeira experiência? Conte para nós nos comentários!!

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